A feira, que possui entrada gratuita, acontece na UFG e tem duração de quatro dias
Texto: Guilherme Martins
Fotos: Carlos Siqueira
Teve início na quarta-feira (17/5), a 20ª edição da Agro Centro-Oeste Familiar (Acof 2023), maior feira do Centro-Oeste voltada para a agricultura familiar. O evento está sendo realizado no Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, no Câmpus Samambaia, na Universidade Federal de Goiás (UFG). A expectativa é receber 8 mil visitantes durante os quatro dias de exposição. Cursos, minicursos, workshops e comércio de alimentos da agricultura familiar estão entre as atividades oferecidas.
A representante da Associação de Produtores e Promotores de Plantas Alimentícias Não Convencionais (Aspanc), Ana Lydia Gonçalves, viajou da cidade de Padre Bernardo, a 224 km de Goiânia, para participar do evento. “Viemos resgatar plantas e alimentos que já foram consumidos pelos nossos avós, mas que foram perdidos devido à inserção de alimentos ultraprocessados na cultura alimentar”. Ana aborda a importância da feira: “eventos como esse são importantes porque fortalecem o movimento dessa gente que planta e alimenta o país e está preocupado com a questão alimentar e ambiental”.
A feira também conta com produtos artesanais vindos de territórios quilombolas. É o caso de Walefy Francesco, que é um dos integrantes da Associação Quilombola Ana Laura, em Piracanjuba. Juntamente com mais quatro amigas, Walefy veio para comercializar uma variedade de produtos. “Aqui nesse estande temos duas entidades: nós e o pessoal do quilombo Mesquita. Estamos trazendo artesanatos, doces, geleias, bonecas, pano de prato e várias outras coisas. Está sendo muito bom”.
Moradora do assentamento Chico Moleque, no município de Santa Rita do Araguaia, a 510 km da capital, Maria Divina conta que viajou por quase sete horas de ônibus para poder participar do evento. Entusiasmada com as vendas, ela conta que trouxe muitos doces caseiros para serem comercializados durante a exposição. “O evento está sendo ótimo. Eu já consegui vender muito queijo, requeijão, rapadura de leite, amendoim e muitos outros doces de fabricação própria do assentamento”.
A exposição está aberta a toda comunidade de forma gratuita e se encerrará no sábado (20/5).
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